quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A língua da Rafaela e o Montanha sumido!

Se alguém acha que a Rafaela do título é a personagem chatíssima de "Viver a Vida", interpretada com muita propriedade pela atriz mirim Clara Castanho, engana-se e muito. Trata-se de outra língua solta, também chamada Rafaela, também pequena, mas não por ser criança, e uma grande amiga que fiz no tempo em que trabalhava no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Estou falando da jornalista Rafaela Freitas, uma das primeiras pessoas a visitar este blog e que já foi de cara fazendo um comentário com jeitão de "quem avisa amigo é". Disse a Rafaela que esperava que eu não a imitasse, criando blogs por aí e deixando todos abandonados. Com saltos de alegria por ter criado o blog, ignorei solenemente os comentários da moça, julgando que isso jamais ocorreria comigo.

Mas aqui estou eu, quase três meses depois da última postagem, turista do meu próprio blog, tentando retomar a "carreira". Ôh, língua! A verdade é que eu tenho várias justificativas para ter ficado tanto tempo sem escrever, todas obviamente estapafúrdias. São aquelas desculpas que explicam, mas não justificam, se é que me faço entender.

Logo depois da convocação da Seleção do Dunga, objeto dos meus dois últimos e longos comentários, fui absorvido pela rotina da procura de um apartamento para alugar. Ocorre que, desde que eu me mudara para Brasília, estava morando em um flat, já que minha esposa, por conta do vínculo com seu trabalho, continuou em Belo Horizonte por um bom tempo. Assim, durante o mês de maio, minha rotina era levantar cedo, vasculhar sites de imobiliárias, telefonar, buscar as chaves do imóvel, visitar, achar o apartamento um ovo ou uma espelunca, devolver as chaves e ir trabalhar, achando cada vez mais difícil minha tarefa heróica de encontrar um lugar ao menos agradável para morar. No final do mês, a busca resultou em algo frutífero, que é o apartamento onde estou morando atualmente, na Asa Norte. A mudança para o novo lar se deu na véspera da Copa do Mundo: uma semana sem Internet e telefone. A única coisa que me aprecei muito em colocar foi a TV por assinatura, para não ter que aguentar o Galvão Bueno de um lado e o Luciano do Valle do outro, na melancólica transmissão da Copa.

Bem, achei que a Copa do Mundo fosse me dar muita inspiração para escrever, mas acho que a Jabulane acertou a minha cabeça e as Vuvuzelas fundiram o meu cérebro, além da qualidade de alguns jogos que, convenhamos, funcionaram como fonte de desinspiração.

Acabou a Copa, voltou o Brasileirão e eu não sei mais se me sentava para esperar a próxima Copa, ou se encarava o gosto amargo de ver o meu time decepcionar mais a cada jogo.

Mas, tanto na vida como na blogosfera, as desculpas que inventamos para desaparecer por um tempo nada mais são do que uma tentativa, sempre frustrada, de disfarçar a nossa crise existencial, repito, seja ela no mundo presencial ou virtual. Mas, pelo menos para mim, sempre chega o momento em que percebo que a vida e a blogosfera são coisas muito boas, que valem a pena e para as quais a gente deve dedicar um tempo. Afinal, dizer o que se pensa e, principalmente, poder dizê-lo, ter um espaço para manifestar nossa opinião ou contar nossas aventuras pela vida afora, tudo isso é sempre muito agradável.

ortanto, e apesar da língua da minha amiga Rafa Freitas, e para quem não aguentava mais ficar sem os pitacos do Montanha (quanta humildade!), digo aos meus 15 seguidores e outros poucos ou tantos leitores que estou de volta! O fogão e a frigideira estão prontos e o Mexidão vai voltar a sair!

Um comentário:

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