terça-feira, 4 de maio de 2010

Combustível para a semana

Na tarde passada, eu disse, no meu Twitter, que um fim de semana agradável é um excelente combustível para se começar uma nova semana. E é mesmo. Para quem mora sozinho, como é meu caso até que minha esposa se transfira definitivamente para Brasília, o fim de semana costuma ser uma grande tortura. A gente chega a pedir pela chegada da segunda-feira, para estar novamente na ativa, conversando, vendo gente, trabalhando e se sentindo útil.

Mas essa não deve ser a perspectiva das coisas. Assimm como existem os preguiçosos, existem os que acham no trabalho o escape para os problemas do dia-a-dia, inclusive a solidão dos fins de semana. E isso é tão ruim quanto a malandragem. É muito bom gostar de trabalhar, ter prazer no que se faz e gostar da companhia dos colegas, mas é igualmente salutar desejar o fim de semana, curtir a sexta-feira como aquele momento que antecede algo muito especial, ou seja, um tempo para relaxar, fazer exclusivamente o que se tem vontade.

Foi o que me sucedeu na semana passada. Tão logo soube que minha amiga, tão chegada que a chamo de irmã, Chiara Quintão, repórter da Agëncia Estado, viria passar o fim de semana em Brasília, fiquei animadíssimo com a chegada do sábado e do domingo. Sabia que haveria bom papo, recordações muito especiais do nosso tempo de faculdade, muita risada e todos os ingredientes de um encontro entre pessoas que nutrem um grande carinho uma pela outra.

Chiara e eu nos tornamos amigos graças a uma entrevista que ela fez comigo. Éramos ambos alunos de jornalismo na UFMG e ela estava pautada para uma matéria sobre a vida acadêmica de pessoas com deficiência. Ela queria informações sobre adaptação de material, convivência com os colegas e professores, barreiras arquitetônicas, enfim, tudo que permeava a vida do estudante com deficiência dentro da universidade. A entrevista se tornou um grande bate-papo de horas, cuminando num acerto para que almoçássemos juntos no dia seguinte. Além de Chiara Quintão e eu, estavam no almoço a Fernanda Lima e a Piedra Magnani, a primeira também estudante de jornalismo e a segunda de radialismo. Essa se tornou a turma fixa do almoçço no famoso bandejão do campus universitário da Pampulha, em BH. Sempre vinham os agregados, uma turma que, vez por outra, estava com a gente. Mas o "Quarteto Fantástico" ficou tão ligado que a gente sentia profundamente se algum de nós faltasse ao compromisso.

Foram essas histórias que fizeram nosso fim de semana tão divertido. Chiara me apresentou alguns amigos que moram em Brasília, o que também foi muito importante, para que eu amplie o meu leque de contatos aqui na capital da república. E, no mais mineiro dos jeitos de ser, contamos a eles as aventuras que vivemos na faculdade, rindo muito tanto dos momentos engraçados quanto dos mais difíceis. Afinal, eles eram difíceis naquela época, mas agora já se tornaram passado e felizmente podemos rir deles também.

Enfim, posso dizer que o meu fim de semana foi especial, tanto por rever minha irmãzinha por adoção mútua, como por conhecer gente nova aqui no DF. Isso mostra que, aos poucos, as coisas vão se ajeitando. Mudar de uma cidade para outra, como eu fiz, é sempre muito difícil. Mas, quando começamos a estabelecer novos laços, novas amizades, as coisas começam a parecer menos complicadas do que pensávamos a princípio.
É por isso que acordar, em plena manhã de segunda, foi muito agradável. Na minha mente, a boa sensação de gostar do que se faz e ir feliz para o trabalho, mesclada às boas lembranças de um fim de semana bem vivido. E vamos em frente!

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